sexta-feira, 12 de outubro de 2012

CLÁUDIO SIMÕES APOIA HEBE ALVES


CLÁUDIO SIMÕES*

Hebe Alves é uma de minhas mestras. Eu posso dizer que ela é minha mestra por ter sido ela quem primeiro apostou em mim, na seleção para o Curso Livre de 87, a despeito de eu, então um garoto hiper mega tímido, não ter chamado a atenção nem do diretor nem da professora de corpo. Hebe tem essa capacidade de ver além da aparência, de apostar, de incentivar. Posso também dizer que ela é minha mestra por ter me ensinado, em minha graduação, a perceber minha voz, meu corpo e (por que não?) minha alma. Ela tem essa capacidade de fazer com que a gente também veja além da aparência. Posso ainda dizer que ela é minha mestra por ter me ensinado tudo isso sempre demonstrando carinho e respeito pelos alunos, coisa que eu sempre admirei (porque, sim, havia outros professores beeeem desrespeitosos). Mas quero dizer, sobretudo, que ela é minha mestra por ter me ensinado, desde cedo – e fora de aula, que esse respeito e esse carinho devem ser maiores que qualquer medo ou preconceito. Hebe nunca dirigiu a Escola. Acho que tá na hora. Tá na hora de se ver além.

* Autor, ator e diretor. Bacharel em Artes Cênicas – Direção Teatral pela ETUFBA. Em 2012 estreou o musical Pelo telephone, em São Paulo, com direção de João Sanches. Na televisão, co-escreveu Alta estação, novela de Margareth Boury, dirigida por João Camargo (2006-07), na Rede Record.


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