HEBE ALVES A CANDIDATA DE MARCOS UZEL*
Ela foi uma das musas do grupo Avelãz y Avestruz e
a criadora do grupo Cereus; ganhou prêmio de melhor atriz ao provar Jean Genet
em O Balcão; assumiu a verborrágica boca beckettiana da Comédia do Fim; e
serviu-se de Nelson Rodrigues como pesquisadora e encenadora. Guiada pela
palavra de Nelson, pisou no mundo suburbano carioca de A Falecida e dançou a
Valsa n° 6, que transformou em InSônia. Em mais de 40 anos de carreira, a
atriz, diretora e professora Hebe Alves fez muito mais e ajudou o teatro baiano
a se multiplicar. Só poderia mesmo ser aplaudida de pé, como aconteceu ao ser
homenageada no dia 14 de abril de 2009, durante a cerimônia do Prêmio Braskem
de Teatro. Pela sua história, pela sua importância, pela sua integridade
artística, eu apoio a candidatura de Hebe à direção da Escola de Teatro da
UFBA.
* Jornalista,
escritor, crítico teatral e mestrando do Programa Multidisciplinar de
Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da UFBA.
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