JOÃO PERENE*
Falar sobre Hebe Alves é
pedir licença para falar da história do teatro baiano, mas quanto a isso não me
atrevo por não me sentir qualificado.
Esta artista que nasceu
com um nome de origem grega que significa juventude; mocidade, e,
consequentemente, carrega consigo a inquietude de renovação constante; é um dos
nossos patrimônios artísticos, e deve ser reverenciada!
Nos palcos é algo
indescritível e porque não dizer um “Monstro Sagrado” - por trás dele, uma
diretora que sabe entrar e sair das demarcações pré-estabelecidas com extrema
maestria, e sabe tirar das entranhas dos
discípulos, aquilo que há de mais verdadeiro; nem que isso chegue ao fel! Como
mestra, aquela que faz questão de quebrar qualquer forma de regime que se aproxime
ao militar, para que não leve os
seus pupilos à mediocridade.
Ter na direção de uma
instituição formadora de talentos e opiniões, uma pessoa que carrega consigo a maturidade e
sensibilidade artística que só o tempo é capaz de oferecer, é mais que
um privilegio, é uma obrigação!
*Coreógrafo e bailarino
de formação eclética, estudou com Thisha Brown (2000) e se aprofundou no estudo
do contact dance com o seu próprio criador Steve Paxton. Desde 2004 atua no
mercado da dança com sua própria Cia a: João Perene Núcleo de investigação
coreográfica. Membro da Comissão Julgadora do Prêmio Braskem de Teatro (ano
2012).
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